Para não ficar afastada do marido que tem Alzheimer, Mary Daniel começou a lavar pratos na residência assistida que está fechada para visitas por causa da Covid-19.
Uma moradora da Flórida, nos Estados Unidos, conseguiu um novo emprego durante a pandemia de Covid-19 para poder ficar mais perto do marido. Mary Daniel começou a lavar pratos na residência assistida que Steve estava internado. Ele tem Alzheimer e a clínica proibiu visitas para evitar o contágio pelo novo coronavírus.
Em uma rede social, a norte-americana celebrou o novo emprego e a possibilidade de abraçar o marido novamente depois de mais de cem dias afastados. Ela também criou um grupo virtual para que familiares e cuidadores de pacientes com a doença compartilhem suas histórias no isolamento.
“Depois de 114 dias, consegui abraçar meu marido hoje. Eu também lavei muitos pratos. Prova de que onde há vontade, há um caminho! Eu te amo Steve Daniel!”, escreveu Mary.
Antes de começar a trabalhar, Mary passou por testes para garantir que não representaria um risco para os internos.
Ele mora na residência assistida há um ano e o isolamento pesou na decisão de Mary para começar a trabalhar lá. Ela visitava o marido diariamente, mas precisou parar – ainda em março –, quando a clínica se fechou para proteger os internos de uma possível infecção pelo novo coronavírus.
Clínicas e moradias assistidas estão proibidas de receber visitantes por decisão do governo da Flórida. Isso por conta dos altos riscos de se espalhar o vírus responsável pela Covid-19 nestes ambientes, com moradores que pertencem ao grupo de risco da doença.
Entre os primeiros casos de coronavírus nos EUA, uma casa de repouso no estado de Washington chegou a ser apontada como marco zero da doença no país. O Sars-Cov-2 teria se espalhado entre os internos após uma confraternização, das então 14 mortes no país, 9 tinham ligação com o local.
Os EUA são hoje o país com mais mortes por Covid-19 no mundo, com mais de 136 mil mortos. São também o primeiro país em número de confirmações por coronavírus e já passa das 3 milhões, segundo o painel da Universidade Johns Hopkins.
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